Agenda de Pesquisa

Agenda de Pesquisa da Aliança para a Saúde

É importante unir esforços entre todas as organizações, entidades, movimentos sociais, sociedade civil, universidades e institutos de pesquisa que consideram que a saúde é um direito, não um bem de consumo, e que a melhor maneira de garantir este mesmo direito é mediante a promoção de políticas públicas que abordem os determinantes sociais da saúde. 

Neste sentido, foi elaborada a Agenda de Pesquisa da Aliança para a Saúde, de forma participativa, por mais de quinze organizações da sociedade civil, instituições, universidades e outras entidades. É uma agenda ampla, com vocação transformadora, que permitirá gerar evidências e, posteriormente, desenhar políticas e acções para influenciar a cidadania e as instituições. 

Desde já, fazemos um apelo no sentido de enriquecer esta agenda e enriquecê-la com pesquisas que possam ir ao encontro das linhas propostas. A agenda é uma proposta pública e assim será a divulgação de todas as pesquisas que a sustentem. Só assim, a partir da socialização do conhecimento e do livre acesso à informação, poderemos melhorar a saúde de todos os habitantes de Moçambique.

O processo de construção e redacção da Agenda de Pesquisa da Aliança para a Saúde iniciou em 2019, no âmbito da implementação do Convénio 2014-2018 (14-CO1-424), assinado entre a medicusmundi (promotora da iniciativa) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), que apoiou a iniciativa a nível financeiro. Esta iniciativa teve a sua continuidade durante o Convénio 2019-2022 (18-CO1-1096), com uma reedição e a sua correspondente tradução para inglês. Importa referir que o conteúdo desta agenda é da exclusiva responsabilidade da medicusmundi e dos seus parceiros no âmbito da Aliança para a Saúde e não reflecte necessariamente a opinião da AECID.

  • Território e Demografia
  • Género
  • Ambiente
  • Sistema de Saúde
  • Movimentos Migratórios
  • Comunidade e Actores Sociais
  • Gestão da Saúde

  • Controle social na saúde;
  • Iniquidades sociais em saúde;
  • Acidentes de viação como espaço de actuação de saúde;
  • Determinação social do processo Saúde-doença;
  • Saúde e trabalho;
  • Saúde Urbana, mobilidade e assentamentos informais;
  • Estrutura social e a distribuição de poderes nas comunidades afectadas por problemas de saúde preventiva;
  • Impacto na saúde das deficiências de acesso a água;
  • Perfil sócio-demográfico e padrão de utilização de serviços de saúde para usuários e não usuários;
  • Evolução das condições sanitárias e ambientais nos programas de reassentamento devido a calamidades naturais;
  • Renda per capita e distúrbios nutricionais na população rural versus urbana.
  • Género, diversidade e saúde;
  • Violência de género e saúde;
  • Masculinidade e saúde;
  • Minorias sexuais e representação na força de trabalho da Saúde;
  • Padrões de discriminação e a participação da mulher nos comités de saúde, APEs, socorristas, activistas comunitários;
  • Participação e governação dos hospitais públicos.

 

  • Saúde, conservação e o desenvolvimento sustentável;
  • Elementos naturais (como água, ar, terra) na dimensão de políticas públicas de saúde;
  • Interesses económicos à preservação ambiental e saúde;
  • Saúde e Toxicologia Ambiental;
  • Ciências de saúde e Educação Ambiental;
  • Saúde, Mudanças do clima e dos ecossistemas;
  • Riscos ocupacionais e ambientes de trabalho;
  • Planeamento do uso da terra e recursos hídricos;
  • Higiene, Saneamento do meio e Doenças.
  • História e historiografia da saúde;
  • Políticas de defesa do consumidor e utente nos serviços de saúde;
  • Práticas integrativas e complementares em saúde;
  • Financiamento da saúde face da nova realidade fiscal: desafios e perspectivas;
  • O funcionamento dos órgãos e instituições responsáveis pela implementação das acções e serviços de atenção primária de saúde;
  • O impacto fiscal do financiamento público indireto via renúncia fiscal e custeio de planos de saúde para servidores privados;
  • Importância da saúde no orçamento público;
  • Participação do programa da saúde no total das despesas não financeiras do Estado;
  • Espaço fiscal possível com reformas institucionais no sector da saúde;
  • Participação (peso) da previdência social no orçamento do Estado;
  • Gasto público social: composição sectorial.
  • Desenvolvimento das forças produtivas e impactos na saúde coletiva;
  • Migração e determinação social do cuidado à saúde;
  • As condições de vida e de trabalho dos trabalhadores na indústria extrativa e mineira na perspectiva de promoção de saúde;
  • Avaliar a magnitude dos efeitos na saúde da população depois dos eventos de desastres naturais;
  • Movimentos migratórios e desafios na cobertura sanitária;
  • Trabalho informal associado ao comércio transfronteiriço e acesso aos cuidados de saúde;
  • Processos participativos e organização de serviços de saúde.
  • Determinação social do processo saúde-doença;
  • Desigualdades sociais em saúde;
  • Participação e activismo social para cidadania sanitária;
  • Desigualdades sócio-demográficas na prevalência de doenças crónicas em Moçambique;
  • Práticas integrativas e complementares de saúde com enfoque na disponibilização contínua dos cuidados; 
  • Saúde e nutrição infantil;
  • Adolescente em situação de risco social;
  • Percentual de recursos próprios de governos provinciais e municípios aplicados na saúde pública.

Avaliação dos serviços de saúde;

Estruturação das redes com foco na atenção primária;

Políticas de planeamento e gestão para atenção primária de saúde;

Práticas integrativas e complementares em saúde com enfoque nas instituições de ensino em saúde;

Estudo do processo de construção de Agendas de Pesquisa para instituições de formação, Instituto Nacional de Saúde e Observatório Nacional de Saúde;

Composição do gasto em saúde e combate a desigualdades;

Custeio das despesas hospitalares das famílias.